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Autores

CASCAIS, António Fernando; CARDOSO, Daniel - FCSH - UNL

Abstract / Resumo

Poliamor – uma identidade de relação onde vários relacionamentos amorosos e/ou sexuais podem ter lugar em simultâneo, com o consentimento informado dos envolvidos. Esta recém-formada identidade (que data de 1990) não se encontra marcada por uma psiquiatrização ou medicalização prévia, embora não seja, de todo, a primeira vez que se constitui uma forma de nãomonogamia responsável. Como uma forma não-hegemónica de performar relações, o poliamor coloca-se contra discriminações sexuais e de género, sendo composto por uma forte base feminista e queer. Mas até que ponto a questão do género é central neste discurso? Como é que a preocupação por uma maior igualdade de género está presente, ou não, quando as noções de poliamor são apresentadas? A partir do trabalho de autores feministas e de uma perspectiva foucauldiana sobre a construção da identidade, procura-se problematizar o género tal como ele surge nos e-mails da mailing list “alt.polyamory”, a primeira que surgiu sobre o assunto e um dos pontos de origem da própria palavra-identidade. A pesquisa parte da análise de conteúdo e discurso das conversações iniciadas por recém-chegados à mailing list durante o ano de 2009. A presente comunicação procura mostrar como a construção ética de um sujeito abstracto pode constituir-se como um problema para a expressão das questões de género envolvidas no negociar de dia-a-dia de relações íntimas e/ou sexuais, e como o feminismo pode, afinal de contas, apresentar-se como sub-texto que influencia a representação do poliamor e da criação de uma ética poliamorosa, mesmo quando não se encontra explícito na sua formulação. Isto permite uma construção e desconstrução do género, a reflexão sobre o seu papel no próprio acto da comunicação interpessoal, ocupando assim um lugar representacional dúplice - visível mas invisível, actuando mas não sendo reconhecido. A questão a problematizar é, então, se se pode construir um pensamento e uma atitude feminista na ausência do feminismo como locus explícito de discurso.

 

Apresentação

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Gravação da Conferência